Menu

Histórico do PIPE

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais (PIPE) tem uma maturidade na UFPR compatível com seus 20 anos de atividade. O programa se destaca na UFPR por oferecer uma formação diferenciada ao atuar em área não contemplada pelos cursos de graduação. Atualmente integram o corpo docente do PPG em Engenharia e Ciência dos Materiais (PIPE) professores da UFPR lotados nos departamentos de Física, Química, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Engenharia Elétrica e Engenharia Ambiental. Desde de sua criação colaboram com o programa docentes e outras Universidades no estado do Paraná como a Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), bem como do antigo Laboratório Central de Eletrotécnica (LAC) da COPEL (Companhia Paranaense de Energia Elétrica), hoje denominado Institutos LACTEC, que são laboratórios-referência em pesquisas relacionadas ao setor energético.  Nos últimos anos o programa conta também com a participação de colaboradores dos centros de pesquisa da Embrapa. Este singular conjunto de professores pesquisadores consolidou o PIPE, como um núcleo de pesquisas na área de Materiais da UFPR.

O Programa se desenvolveu a partir do Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Engenharia (PIPE-UFPR) criado em setembro de 1996 com sede administrativa no Departamento de Engenharia Mecânica, Setor de Tecnologia da UFPR. Desde a sua criação a área de concentração em Engenharia e Ciência de Materiais mostrou-se a linha principal do programa e o PIPE se consolidou justamente como um núcleo de pesquisas com forte caráter interdisciplinar nessa área. Devido a predominância dos estudos na área de Materiais, no ano de 2010 foi solicitada à Capes a mudança de denominação Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais. Essa solicitação foi atendida e publicada em diário oficial em 2011. Independentemente dessa alteração, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais mantém o seu acrônimo original ‘PIPE’. Apesar da entrada de alunos ter passado a se dar exclusivamente na área de Engenharia e Ciência dos Materiais apenas no triênio passado, quando foram terminados todos os trabalhos da outra área de concentração.

Do ponto de vista institucional, o PIPE possui um caráter intersetorial e interdepartamental, não possuindo um curso de graduação vinculado ao mesmo e nem um corpo docente centrado em um único departamento. Dada a sua característica interdisciplinar inicial e também a abrangência da área de Engenharia e Ciência dos Materiais desde a sua criação o PIPE permitiu consolidar pesquisadores que contribuíram de forma expressiva para a criação de vários outros programas de mestrado e doutorado na UFPR, em particular na área de engenharia. A consolidação de pesquisadores se identifica também na capacidade de captação de recursos. E junto com docentes de outros programas de pós-graduação da UFPR, a Área de Materiais da UFPR desde 2005 obteve cerca de 8 milhões de reais nos editais do PROINFRA e quase 35 milhões de outras fontes. Esse valor inclui um prédio de laboratórios de pesquisa com mais de  5.000 m2 denominado Centro de Desenvolvimento e Inovação em Materiais – CDIM, em fase de construção no campus Centro Politécnico. Nesse prédio serão instalados importantes laboratórios de pesquisa da área de Materiais vinculados ao PIPE.

O PIPE atende principalmente a formandos na Região Sul do Brasil, especialmente no Estado do Paraná, Santa Catarina e do estado de São Paulo. A demanda de estudantes advém principalmente das seguintes universidades: UFPR (PR), UEPG (PR), UNICENTRO (PR), UTFPR (PR), UEM (PR), UEL (PR), UDESC (SC), UNESP (SP), UFSCar (SP) e UFMG(MG). O parque industrial na Região Sul motiva e justifica a formação de profissionais qualificados para a resolução de problemas tecnológicos ligados à indústria e ao domínio de tecnologias de ponta e de novos processos e produtos para o País. Cabe ainda destacar que o PIPE participa ativamente do Programa Interdisciplinar em Engenharia de Petróleo e Gás Natural da UFPR – PRH24/ANP/MCT (www.prh24.ufpr.br) que mantém pesquisas em colaboração com as indústrias petroquímicas e correlatas da região, com financiamento de bolsas de estudo para a graduação e pós-graduação. Ao completar 20 anos no ano de 2016, o PIPE se aproxima de 400 egressos, correspondendo a 311 mestres e 87 doutores, sendo que no ano de 2016 foram defendidas 16 dissertações e 8 doutorados.

Frente à CAPES, o PIPE nasceu interdisciplinar com a criação do mestrado em 1996 e do doutorado em 1997. Após algumas avaliações dentro do Comitê das Áreas Interdisciplinares da CAPES foi remanejado ao Comitê de Avaliação das Engenharias II, onde foi recomendado então, a concentração de esforços na área de atuação da Engenharia e Ciência de Materiais. Em 2008, o programa passou por uma grande reestruturação que envolveu modificações no quadro docente e no seu regimento interno, dirigidas à consolidação do PIPE como um Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais. A reestruturação envolveu revisões do Regimento incluindo: (a) a redução das áreas de atuação e linhas de pesquisa, (b) alterações no critério de credenciamento, (c) vinculação de publicações internacionais indexadas em dissertações de mestrado e teses de doutorado, (d) revisão e atualização das disciplinas obrigatórias e específicas, bem como, suas respectivas cargas horárias, (e) criação de disciplinas específicas às novas linhas de pesquisas e (f) ações para diminuição do tempo de titulação dos seus estudantes, seja através do acompanhamento pelo Colegiado, seja privilegiando os estudantes com dedicação exclusiva nos processos de seleção para ingresso ao programa. Em decorrência da reestruturação se logrou: (a) a redução do corpo docente não produtivo, (b) linhas de pesquisas mais representativas ao PIPE e à demanda atual de pesquisas na área de Materiais, (c) um quadro de disciplinas mais conciso e direcionado às linhas de pesquisa do programa, (d) o aumento de publicações internacionais indexadas, (e) a redução do tempo de titulação e (f) aumento da participação discente em publicações de artigos científicos e patentes. Estas políticas foram criando uma cultura de comprometimento com a pesquisa na área de engenharia e ciência dos materiais por parte de discentes e docente levando a migração de diversos pesquisadores para cursos mais representativos de suas competências. Apenas no ano de 2012 a área de processos químicos foi encerrada definitivamente com a defesa do último aluno a ela vinculado.

Ainda acompanhando a dinâmica acadêmico-científica nacional, em particular, o PNPG 2005-2010 e 2011-2020 e o programa REUNI, que permitiu a contratação de jovens pesquisadores, no último triênio o PIPE adotou uma política de expansão do corpo discente e docente. Os resultados e benefícios desse apoio e solidariedade aos jovens pesquisadores não são imediatos, mas é decisivo para a manutenção e renovação dos grupos de pesquisa e das lideranças científicas no Programa. Assim, apesar do esforço e comprometimento na produção de qualidade para com manutenção dos seus indicadores de produção acadêmicos e científicos e aderência a área de concentração em Engenharia e Ciência dos Materiais, esta forte expansão penalizou momentaneamente o programa, refletindo o maior ingresso de alunos (disponibilidade maior de orientadores) frente ao número de egressos e respectiva produção. O acolhimento de novos professores pesquisadores, muitos deles bolsistas de produtividade em pesquisa, e a expansão do quadro docente proporcionou um período de transição, com algumas repercussões negativas sobre a avaliação do programa, as quais tem sido devidamente sanadas no presente período. Considerando-se a trajetória de sucesso do PIPE na formação de recursos humanos e a busca incessante pela excelência acadêmica, que deve se traduzir em um constante aperfeiçoamento nos índices de produção intelectual e qualidade na formação de recursos humanos, a coordenação do PIPE tem promovido ações que favoreçam uma produção de qualidade acompanhados por indicadores de desempenho que ajudem a coordenação e colegiado na avaliação/acompanhamento dos resultados. Entre estas ações destacam-se definição de projetos estruturantes do Programa que identifiquem as competências no âmbito de cada linha de pesquisa, que exigindo que cada docente se enquadre em pelo menos um destes projetos, incentivo a publicação com discentes e novos critérios para a relação aluno/professor. Além disso, o PIPE tem buscado inserção no contexto internacional, através do incentivo à vinda de professores visitantes oriundos de renomadas universidades do exterior, bem como promovendo a realização de intercâmbios internacionais, tanto pelo envio de nossos alunos instituições no exterior como recepção de alunos de instituições no exterior. Para citar alguns exemplos de sucesso, através do programa PVE-Capes   mencionamos a vinda do Prof. Mário Guerreiro Silva Ferreira (Universidade de Aveiro-Portugal) tem visitado o Brasil, oferecendo palestras e uma disciplina anualmente, do Prof. Dr. Christian Müller – Technische Universitat Chemnitz da Alemanha, e o  Dr. Sten Wessman do Sweare KIMAB AB, da Suécia.  Atualmente, aproximadamente 60% do quadro docente do PIPE tem mantido colaborações com professores e pesquisadores de instituições internacionais, seja através de pesquisas conjuntas e/ou intercâmbios de alunos e professores.

No quadriênio 2013-2016, o Corpo Docente do PIPE contou com 35 professores orientadores, sendo que 19 deles, correspondendo a 54%, bolsistas de Produtividade em pesquisa e desenvolvimento tecnológico e inovação. Entretanto, esse quadriênio se encerra com o término de uma reestruturação que consolidará o programa com 29 professores orientadores, sendo que 21 deles (ou seja 72%) bolsistas pesquisa ou DTI. Nesse quadriênio foram publicados pelos docentes do PIPE, até o final de 2016, 387 artigos indexados no QUALIS de 2015, sendo que 98 (aproximadamente 25%) no estrato A1, 95 (aproximadamente 25%) no estrato A2 e 114 (aproximadamente 30%) no estrato B1, o que significa que em torno de 25% da produção total do PIPE enquadra-se no estrato A1, 50% nos estratos A1+A2 e 80% da produção científica dos docentes do programa pode ser considerada relevante (A1+A2+B1)  de acordo com a classificação do QUALIS 2015.

                              distrartigos_qualis13-16

Trabalhos científicos produzidos pelos docentes do programa publicados na forma de mais de 1800 artigos em periódicos e congressos de renome internacional,  já tiveram mais de 20.000 citações, de acordo com dados obtidos através do portal ISI Web of Knowledge. Isso é um forte demonstrativo da capacidade de inserção internacional do corpo docente e do alto impacto de sua produção científica. Pelo menos 4 pesquisadores possuem atualmente o Fator H igual ou superior a 20. O corpo docente do PIPE é cerca de 50% constituído por docentes com mais de 20 anos de atividade, sendo os demais 50% integrado por docentes no início ou no meio de suas carreiras acadêmico-científicas. Ou seja, reúne gerações com a maturidade e o ímpeto ideais para um programa  se dizer consolidado. Vários docentes atuam como membros de corpo editorial e revisores de prestigiados periódicos de nível internacional, cujo QUALIS Capes para a área de Materiais encontra-se no espectro de A1 a B2,  como por exemplo Physical Review Letters, Physical Review B, Langmuir, Journal of Magnetism and Magnetic Materials, Applied Surface Science, Química Nova, Journal of Applied Polymer Science, Journal of Solid State Chemistry, Engenharia Térmica, Journal of Heat Transfer, Journal of Applied Physics, Applied Physics Letters, Internationsl Journal of Heat and Fluid Flow, Experimental Heat Transfer, Journal of Porous Media, Synthetic Metals, Optical Materials, Solid State Communications, Thin Solid Films, Advances in OptoElectronics, Surface and Coatings Technology, dentre outros.

O atual regimento do programa foi revisado em 2019 permitindo um melhor e mais objetivo fluxo de informação. A motivação que levou a estas mudanças foi a necessidade de criar a cultura de produção científica qualificada associada ao desenvolvimento do mestrado/doutorado, através da qual o discente possa ver sua pesquisa sendo divulgada. Neste contexto, foram intensificadas as exigências referentes às publicações associadas às dissertações e teses com o intuito de garantir uma produção qualificada em cooperação com os discentes do programa e de fortalecer uma cultura de registro dos principais produtos/resultados desenvolvidos no âmbito do PIPE. Atualmente, as defesas de mestrado devem ser antecedidas por ao menos uma submissão de artigo ou patente. Já as defesas de doutorado devem ser antecedidas por ao menos uma publicação de artigo ou patente, bem como, a submissão de ao menos mais um artigo ou patente. Anualmente a Coordenação apresenta aos docentes e discentes os indicadores de produção e todas as alterações e medidas adotadas são discutidas no Colegiado do curso. Um dos impactos positivos identificados foi uma melhoria de qualidade e quantidade dos indicadores de produtividade científico-acadêmica e tecnológica. Em 2013, ano anterior à implantação do novo regimento, foram 23 mestrados e 6 doutorados concluídos. No entanto, apenas 10 artigos de um total de 99 (ou seja, aproximadamente 10%) foram feitos pelos docentes do programa com a participação de discentes do programa. Apenas 13 discentes participaram de artigos, significando que em alguns artigos com discentes havia mais de um discente participando. Com a efetivação da mudança nas regras do programa, exigindo publicações indexadas para a qualificação e titulação no nível de doutorado, se observou um salto na quantidade de publicações envolvendo discentes, que tem aumentado, ou pelo menos se mantido.

                                   artigos_discentes1

Em 2014, 28 mestrados e 9 doutorados foram concluídos, e do total de 110 artigos publicados por docentes do programa, 31 tiveram a participação de discentes, e 34 discentes participaram das publicações. Esses dados elevam o percentual de participação discente nas publicações para 28,2%. Ou seja, praticamente foi triplicada a participação discente em artigos publicados, enquanto que o número de teses e dissertações praticamente não se alterou de 2013 para 2014. A publicação discente teve um crescimento de 21% nas dissertações e 50% nas teses. Em 2015 e 2016 o número de dissertações defendidas foi menor que em anos anteriores, mas deve-se ressaltar que o número de docentes permanentes foi redimensionado para um conjunto menor de professores no programa. Considerado o ano de 2015 (18 dissertações e 12 teses), mesmo com um número total de alunos que concluíram seus cursos menor do que nos anos anteriores, a produção científica com participação discente se manteve em números absolutos, mas aumentou relativamente, com 34,8% dos artigos publicados tendo participação discente. No ano de 2016(16 dissertações e 8 teses), 19 das 81 publicações de artigos em periódicos tiveram a participação discente (24% aproximadamente), o que produziu uma oscilação para baixo, mas cabe destacar que esse ano é o período final de ajuste no quadro docente. Pode-se observar, portanto, que as medidas adotadas pela Coordenação com o intuito de melhorar os índices de produção discente, um dos pontos fracos do programa no triênio anterior, surtiram efeito, tendo produzido um aumento considerável da participação discente nas produções de artigos em periódicos do PIPE no quadriênio. Atualmente, há a produção de um artigo científico com discente por titulado por ano, somados mestrados e doutorados concluídos. Se levarmos em conta somente doutorados concluídos, onde exige-se a publicação de artigo científico, esse índice mais que dobra. A expectativa é pela manutenção e melhoria gradativa desses índices.

                          artigospordiscentetitulado

Universidade Federal do Paraná



| |


Universidade Federal do Paraná



| |



UFPR nas Redes Sociais


UFPR nas Redes Sociais